Call Me Irresponsible

     Às vezes, em conversa com a Ss., pergunto com que ideia ficarão as pessoas quando me vêem pela primeira vez. É inevitável formármos uma primeira opinião com base na primeira impressão que temos de alguém. E questiono-me várias vezes sobre isso, até porque aquilo que achamos que parecemos não é necessariamente aquilo que os outros percepcionam quando olham para nós. Acho que vos falei de como este verão foram várias as pessoas que me disseram que eu devia ter uns dezoito anos. Já este fim-de-semana, em conversa com o N. ele dizia que eu parecia mais velha, não pela minha fisionomia, mas pela minha postura e pela forma como me visto. Já eu acho que passo a ideia de que não sou lá grande simpatia, enquanto a Ss. diz que a primeira vez que me viu achou que eu tinha ar de ser querida e simpática. Acho estas coisas engraçadas... Será que sou a única que perde tempo a pensar em coisas deste género?

     Depois de horas de busca, de uma gigante dor de cabeça e de andar em casa ao estilo Stevie Wonder com os meus óculos de sol que são graduados (valha-me o facto de terem lentes claras), heis se não que os meus óculos apareceram! No roupeiro, entre a parede e uma pilha de calças de ganga na qual nem sequer tinha mexido hoje de manhã... Há lá cena mais ridícula! 

     Devia estar no trabalho há duas horas, mas estou em casa. E porquê? Não é por ter feito noite ontem, não é por estar de folga, não é porque tenha nevado, nem mesmo por estar gravemente doente (apesar de estar ranhosa e com tosse de cão). É mesmo porque estou há duas horas à procura dos meus óculos! Sou um ratinho cego, ou melhor dizendo, miope e hoje de manhã, por obra e graça de espírito santo, ou mais provavelmente do demo, os meus óculos evaporaram. E quando digo evaporaram é quase num sentido literal. Tinha-os quando saí da cama e enquanto tomei o pequeno-almoço. Depois do banho é que a coisa ficou negra. Já revirei o meu pequeno apartamento de uma ponta à outra (incluíndo o frigorífico, o lixo e a sanita) e nada. Já desesperei, já chorei e até já atirei coisas. Eles continuam sem aparecer e eu já não sei o que fazer... 

     Acho que já disse por aqui uma boa centena de vezes que o meu produto de maquilhagem favorito é a máscara de pestanas. Posso sair de casa sem mais nada na cara, mas tenho quase sempre rímel. No entanto, há uma coisa que me atormenta. Porque é que todo o santo dia, e ao fim de anos a usar máscara diariamente, há um olho cujas pestanas ficam perfeitas e o outro fica um desastre?! 

     Ter amigas de visita é óptimo! Pôr a conversa em dia, fazer coisas diferentes... Tudo muito giro. O pior é ser num fim-de-semana em que estamos a trabalhar e temos que tentar arranjar tempo para fazer tudo, incluindo dormir um número de horas razoáveis para estarmos em condições para trablhar no dia seguinte. 

     Depois de nunca me ter despertado qualquer curiosidade e de já ter acabado há séculos, esta semana voltei a ouvir falar dela um par de vezes e (também por não ter mais nada para ver) rendi-me: comecei a ver Gossip Girl. Ainda só vou a meio da primeira e não consigo dizer que estou a amar, mas até estou a gostar! 

     Sei que já vou um bocadinho atrasada e que por esta altura já toda a gente se expressou sobre o assunto. Ainda assim aqui ficam as minhas favoritas:

Jenna Dewan-Tatum em Carolina Herrera - Este vestido tinha tudo para eu não gostar dele: um corte à partida nada de especial e a cor (não sou nada fã de amarelo). Ainda assim, adorei o visual da Jenna. Acho que estava com um ar fresco, a fazer lembrar o tempo mais quente, estava simples e tudo resultou super bem. 

Emma Stone em Lanvin - Um look que fugiu ao típico nestas ocasiões, mas acho que se adequou na perfeição. 

     que precisa meeeeesmo de descansar quando chegar a casa depois de uma noite de trabalho (que conclui uma semana de loucos) e quando se olha ao espelho se vê com cinquenta anos! 

      Estou no Porto há três meses e, ao contrário do que pensei, estou a começar a apegar-me às pessoas. Porque descobri um ambiente divertido, cheio de pessoas boa onda e que fazem com que a maioria dos dias passe numa boa, atenuando o cansaço que na verdade é. Em três meses criei imensos laços e memórias, liguei-me a pessoas que estão a caminhar pelo mesmo caminho que eu e senti-me acolhida e recebida de braços abertos pelas pessoas da casa. Que os próximos três meses sejas tão bons como estes foram!