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Aquele momento de ansiedade que antecede uma coisa que vamos fazer pela primeira vez. No meu caso? Uma Skype Call para tratar de assuntos relacionados com a tese. E, ainda que seja com uma pessoa relativamente conhecida, só digo: M-E-D-O!!!
... quem gostará?
Quem não se lembra da famosa frase da Matinal? Eu lembro e até acho que é bem verdade. Mas e agora qual é o teu problema A.R.? O meu problema é que eu não gosto. Nunca gostei particularmente, mas agora estou em crise. Sinto-me uma baleia obesa, horrível e a quem nada fica bem. E para combater o que é que faço? Parece que como ainda mais! E não está fácil, naaaada fácil...
Aquele momento em que temos um fisioterapeuta giro a mexer-nos num joelho lesionado enquanto temos que estar de calções e nos sentimos umas lontras...
Pela primeira vez desde que estou em casa consegui trabalhar afincadamente durante mais do que 30 minutos na minha tese. Isto é um milagre, porque a minha capacidade de concentração é normalmente curta, sobretudo para coisas que não quero fazer!
Porque estou saturada do meu cabelo e queria desesperadamente mudar... Qualquer um destes era bem-vindo!
Somos influenciados, uns mais outros menos, por quem nos rodeia. E é por isso que, depois de trabalhar muitas noites e viajar algumas vezes ao som de bandas como Franz Ferdinand e Kaiser Chiefs, dou por mim a ouvi-los com regularidade.
...em que é quase verão, está imenso calor lá fora e até já fomos à praia, mas decidímos que é altura de pintar as unhas de bordeaux e roxo escuro!
Essie Bordeaux | Chanel 583 Taboo
A nossa relação é, há muitos anos, uma verdadeira montanha russa. Começámos por ser muito amigos, depois caímos a pique para um ponto em que entrávamos no mesmo espaço e nem nos falávamos e, de há uns anos para cá, temos vindo a subir gradualmente vários degraus de cordialidade.
Em Setembro do ano passado, numa ida a Lisboa com amigos comuns fiquei lá em casa. A coisa correu substancialmente melhor do que eu estava à espera, o que me deixou muito contente. Agora, exactamente nove meses depois, voltei a ficar lá em casa, sozinha. Ia a medo. Medo dos silêncios desconfortáveis, medo de não haver a cordialidade e simpatia com que tinha sido presenteada quando estávamos com amigos, medo daquela conversa que eu há anos (que achava) que precisava de ter com ele.
E correu bem. Muito melhor do que estava à espera. Estivémos alguns momentos mesmo sozinhos (o irmão com quem partilha casa não estava) e, mesmo nessas alturas, a coisa correu bem. Conversámos sobre muito coisa, ele foi querido e preocupado como eu não estava à espera. A conversa que eu temia não existiu, porque achei que não fazia sentido. E isto deixa-me tão contente que não fazem ideia! Ao mesmo tempo penso que secalhar o que eu sentia já não é o mesmo, o que me deixa igualmente contente.
Aquele momento em que vamos ao supermercado e ficam a olhar para nós: o segurança, o rapaz do talho e a senhora que está na fila da caixa ao lado. É de uma pessoa ficar a pensar "Oi?! Tenho alguma coisa na cara?"...
Quem me conhece sabe que ando com a tese atravessada. Não a quero fazer, nunca quis e acho que é das coisas mais idiotas do curso, ainda que saiba que tenho que a fazer. Levei uns seis meses para escolher um tema e quando o descobri achei que tinha encontrado a caixa de pandora, porque era simples, interessante q.b. e, apesar do trabalho que me ia (e vai!) dar, era o que eu precisava para acabar o curso sem muito drama. Ai pensavas isso tudo A.R.? Errado! Mas o que é que tem de errado este meu plano? A orientadora que escolhi! Ela é toda dos estudos e quer que a minha dissertação seja ''cientificamente relevante e idealmente inovadora" (palavras da própria, retiradas de um e-mail que me enviou há pouco). Ah e tal e qual é o teu problema com isso? O problema é que me estou nas tintas para isso! Quero acabar com isto o quanto antes e pronto. Não quero saber do científico para nada e estou a ir aos arames cada vez que falo com ela, sobretudo porque estou numa fase da vida que é um stress do pior, sendo este um dos grandes motivos...