Call Me Irresponsible

    Atenção leitores aqui do Call Me, os senhores do Sapo, que são sempre uns queridos, alertaram-me para um problema em comentar para os utilizadores do Internet Explorer, problema esse relacionado com o facto do URL do blog ter underscores. Assim sendo, e para haver igualdade para todos, o blog mudou de endereço e agora passou a ser: 

call-me-irresponsible.blogs.sapo.pt 

    Até pode não ser assim para toda a gente, mas a verdade é que a maioria das pessoas procura ser aceite. Aceite pelo que é, aceite na forma como vê o mundo, aceite no trabalho... Sentir que pertence. 

    Há que não precise de fazer grande coisa porque parece que nasceu aquela pessoa que toda a gente admira por uma ou outra razão. E depois há quem pareça nunca ser aceite ou pertencer a coisa nenhuma. Acho que esse é o meu caso. Nunca sinto que sou aceite, ou melhor, que pertenço. Parece que há sempre qualquer coisa... Qualquer coisa que me faz sentir de fora, qualquer coisa que me faz pensar que há sempre alguém preferido em relação a mim, quer seja no trabalho, na família ou nos amigos. E, se muitas vezes vivo bem com isso, há dias em que me deixo afectar profundamente pelo assunto. Porque há dias em que queria ser a primeira escolha de alguém e não sentir que estou sempre na sombra. 

Porque andar de comboio me inspira sempre!

     Aquelas pessoas que são veterinárias e acham que até não são muito obcecadas com animais. Depois olham para as últimas cinco fotos que publicaram no Instagram e percebem que essas fotos têm todas animais, os delas ou de outros... Pois, essa pessoa sou eu!

     Comprei-o porque o que estava na capa tinha tudo a ver comigo: "I heart New York", "When you're running away from heartbreak, there's only one place to go"... You got me! 

     Ainda vou nos primeiros capítulos e já sonhava com isto para mim... É certo que a mega traição pelo namorado de há dez anos com o conhecimento da melhor amiga não faz parte da minha história, mas voar para o outro lado do oceano sem pensar duas vezes e fazer de mim uma nova pessoa era uma coisa que me ia fazer um bem dos diabos! Juntar a isso um par de rapazes giros a achar-me piada? Cereja no topo do bolo. Infelizmente só me resta sonhar enquanto acabo de ler os restantes capítulos (ainda me faltam catorze!) e imaginar que um dia pode acontecer comigo... 

     Para quem, como eu, gosta de livros leves, este é uma óptima sugestão (para algumas pessoas pode ter o senão de ser em inglês).

I Heart New York - Lindsey Kelk 

     Acho que já vos disse que não sou uma pessoa muito dada a que os outros me toquem, sobretudo pessoas com não tenho uma enorme confiança (mesmo com as que tenho é o que é...). Um abraço vai, muito mais que isso e já me sinto mega desconfortável. E a que propósito vem esta conversa agora? Porque ainda não me habituei ao facto de ter um fisioterapeuta giraço a massajar-me o joelho cinco vezes por semana. Agora vou ter oito dias de ''folga'', mas para a semana lá vou eu outra vez...

      A escrever posts (três!) numa folha de papel solta enquanto viajava de comboio. Até me senti uma escritora a sério!