Call Me Irresponsible

     Só faltavam mais onze! É que depois da vitória de hoje do João Sousa, na segunda ronda do Wimbledon, era a selecção portuguesa ganhar para ser um dia espetacular! 

     Maio e Junho foram dois meses tão fraquinhos no que tocou a ver filmes que nunca tinha visto que decidi juntar tudo num só post. Aqui ficam os filmes que vi pela primeira vez:

Perfect High (2015) || Queen of the Desert (2015) || An Unfinished Life (2005)

O preferido: An Unfinished Life 

     Isto de ser mulher é maravilhoso, mas há que admitir que nem tudo são rosas. A montanha russa de sentimentos e hormonas pela qual passamos todos os meses pode ser verdadeiramente avassaladora. Porque numa semana estamos no alto e é tudo espetacular, mas na semana seguinte demos a volta ao looping e estamos no ponto mais baixo, a sentirmo-nos mal connosco, a não gostar do que vemos e de mal com o mundo inteiro. Esta semana estou nessa fase e não gosto nada. Porque ainda que o sol brilhe lá fora, parece que em cima da minha cabeça está uma nuvem escura...

     Não há coisa melhor do que sair do centro de exames com uma das nossas melhores amigas e gritarmos aos sete ventos que o código já está! Principalmente depois nos ter corrido mal e acharmos que íamos chumbar com umas cinco ou seis perguntas erradas...

     Quanto estamos a entrar em parafuso, temos a cabeça feita num oito, temos a informação toda que temos que saber ao murro dentro do cérebro e a única coisa que nos acalma é ouvir a música mais tola que conhecemos mas que nos deixa sempre bem dispostos. 

     ... do que era ter esta sensação de pressão pré-exame. Achar que não sei nada e pensar que tenho que saber tudo até amanhã. Desta vez o contexto é diferente, mas, por mais estranho que possa parecer, estou muito mais nervosa do que estive para a maioria dos meus exames da universidade! 

     Acho que já escrevi sobre este tema há algum tempo aqui por estes lados. No entanto, nos últimos dias o assunto veio à baila novamente e achei que era altura de revisitá-lo. Ora então vamos lá à pergunta que se impõe... Podem duas pessoas do sexo oposto ser amigas sem que haja qualquer tipo de interesse por trás que não a amizade? Nos dias que correm pensei que boa parte das pessoas responderia que sim, mas, o que é facto, é que uma boa parte questiona as intenções de um casal de amigos, ainda que quando se fale do assunto digam à boa cheia que sim. Tenho alguns amigos, com quem mantenho uma óptima relação. Damo-nos muito bem, brincamos e conversamos... Basicamente temos confiança e à vontade um com o outro. Nunca tive qualquer envolvimento com nenhum deles e isso nem sequer me passou pela cabeça, e posso quase pôr as mãos no fogo em como esse sentimento é reciproco. No entanto, e perante estas minhas relações, já ouvi por diversas vezes um role de questões e afirmações que põem isso em causa. "Vocês têm uma grande química.", "Mas vocês nunca tiveram nada?!", "Não acredito que nunca se tenham enrolado, nem que tenha sido apenas uma vez!", "Não me digas que nunca pensaste nele de outra forma?", "Vá admite, vocês dão uns beijinhos..."... E podia continuar. Confesso que na maioria das vezes me rio com tudo isto, mas fico a pensar se sou das poucas pessoas que vê as coisas desta forma. A única sei que não sou, porque em conversa com duas amigas percebi que não estou sozinha nesta minha opinião. Acho seriamente que é possível.

     E depois deste desabafo pergunto-vos: Qual é a vossa opinião?

Pode existir amizade entre um homem e uma mulher, sem segundas intenções?

... antes das dez da manhã?! Confirma-se, é verão!