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Some Like It Hot (1959) || Legends of the Fall (1994) || The Physician (2013)
Dangerous Lessons (2015) || Warm Bodies (2013) || Remember Me (2010)
Blood and Chocolate (2007) || Autumun Dreams (2015) || All Yours (2016)
Os favoritos do mês: Legends of the Fall e The Physician
Tenho vários defeitos e um deles é ainda não ter assimilado a 100% que nem sempre recebemos aquilo que damos ou da forma que damos. Aquilo que fazemos pelos outros, que sentimos por eles e o quanto de nós lhes damos não é necessariamente recíproco. Muitas vezes essas pessoas não sentem o mesmo por nós, não nos vêem da mesma forma e nunca vão fazer por nós algo semelhante ao que fizémos por elas. E se muita gente sabe disso, eu por vezes esqueço-me, ainda que o saiba. E fico magoada, triste e desiludida quando percebo que algumas pessoas que achava que o fariam revelam que a verdade não é essa. Enfim, crescendo e aprendo todos os dias...
Sempre fui aquela pessoa que não stressa com muita coisa. Não estava uma pilha de nervos antes dos testes e exames, ainda que não tivesse estudado muito, andar de avião era uma loucura, apresentações de trabalhos faziam-se bem... Ainda que pudesse não gostar muito de as fazer, não me apoquentava muito com coisas que para muitos dos meus amigos eram um problema. Podia sofrer um bocadinho por antecipação, mas nada de grave. Hoje a dia a coisa não é bem assim. Acho que ao longo dos últimos anos me tenho estado a transformar numa pessoa muito mais ansiosa, o que me assusta bastante. Não estou com isto a dizer que passei a sofrer de ansiedade, longe disso, mas tenho medo que isso seja uma luzinha que avisto ao fundo do túnel. Dou por mim a ficar muito nervosa antes de coisas com as quais antes lidava sem problemas. Reuniões com pessoas que não conheço, chamadas via Skype com o meu professor de estatística, uma aula de condução com um instrutor diferente, eventos em que sei que vou conhecer pessoas novas, viajar de avião, ter que ir a sítios que sei que vão estar repletos de gente... Ainda que seja óptima a disfarçá-lo (muita gente já elogiou a minha descontração em alturas "críticas" destas), por dentro estou a borbulhar com os nervos, tanto que em algumas situações começo a sentir o meu estômago a tentar revoltar-se. Tento sempre manter-me o mais calma possível, dizer a mim própria que vai correr bem, e se não correr também não o fim do mundo. Mas o que facto é que me sinto uma pessoa muito mais nervosa e isso deixa-me com medo do que poderá vir por aí.
Não sei se há por aí alguém que veja, ou que já tenha visto, a série Once Upon a Time. Se conhecem, conhecem também as cenas em que a Regina, a Rainha Má, arranca o coração a alguém, o segura nas mãos e o vai apertando. Foi mais ou menos essa a sensação que tive hoje... Soube de uma coisa que me fez imediamente sentir como se me estivessem a tentar arrancar o coração. Eu já tinha as minhas suspeitas, mas acho que hoje foi quase uma confirmação. E, mesmo assim, foi uma sensação horrível... Contudo, e ainda que possa parecer contraditório, acho que me vai fazer bem.
Os posts aqui por estas bandas têm andado mais sérios, por isso vamos lá aligeirar a coisa... Ora daqui a dez dias a minha pessoa faz anos e por isso decidi pensar numa pequena lista de desejos materiais. Já sabem que a minha política é "Já que é para pedir, pede-se a sério", por isso cá vai!
Mala Victoria Beckham €1706 // Anel Monica Vinader €215 // Botins Alexander Wang €710
Durante a adolescência fui "abençoada" com aparelho nos dentes, um nariz meio torto por causa dos óculos que uso desde os nove anos e uma pele que achou que parecer a superfície de Marte ou um Ferrero Rocher era uma boa ideia (cheguei a ouvir esta última comparação algumas vezes). Algumas coisas foram melhorando ao longo dos anos, no entanto conformei-me com o facto de nunca vir a ser uma cara bonita. Na maioria dos dias convivo bem isso, mas é em alturas como a semana que passou que a minha auto-estima leva uma valente chapada quando se olha ao espelho. Tive uma crise de acne como já não tinha há uns bons anos e digo-vos: não é bonito, em nenhum sentido. Para alguém como eu, cuja auto-estima já não é muito elevada por natureza, ver-se assim todos os dias pode fazer-nos ir ao fundo. Bem ao fundo... Felizmente desta vez agarrei o touro pelos cornos, fiz umas mudançazitas nas quais me tenho empenhado e a coisa está a bastante melhor!
De há uns tempos para cá que ando a pensar nisto, mas as discussões que se têm gerado depois das eleições nos E.U.A. fizeram-me voltar a pensar no assunto. Nos dias que correm o mundo devia estar cheio de pessoas tolerantes, inclusivas, com espírito crítico e mente aberta. Mas acho que está a acontecer exactamente o aposto. O que mais se vê são pessoas que acham que tudo na vida se pode polarizar. Ou é sim, ou é não. Ou é direita, ou é esquerda. Ou é preto, ou é branco. E a imensidão de tons de cinzento que pode existir entre o branco e preto? Parece que vivemos num mundo de extremistas, onde tudo o que se diz é um problema e todos aqueles cuja opinião não é partilhada são imediamente acusados de mil e uma coisas. Custa-me perceber que é assim que estamos e custa-me perceber que muitas pessoas não percebam o quão grave isto é. Porque afinal de contas não vivemos num mundo a preto e branco...
Há muito tempo atrás, quando começou o burburinho sobre as eleições americanas e o Trump apareceu em cena, muita gente se riu e perguntou em jeito trocista onde é aquele tolinho achava que ia. Lembro-me de estar sentada à mesa e dizer "Com esta brincadeira toda, o Trump ainda vai ganhar...". Os meses foram passando e a novela mexicana que são as eleições nos E.U.A. continou. E apesar de não compreender como tudo aquilo podia estar a acontecer, sempre achei que o Donald ia acabar por levar a melhor. Ontem, antes de ir dormir, e com as eleições a decorrer pensei que aquilo que eu sempre tinha dito não ia acontecer. Os eleitores iam ter um rasgo de iluminação no momento de votar e não iam permitir que acontecesse. Hoje quando acordei fui bombardeada imediatamente com um "Sabes quem ganhou? O Trump!!!". Perguntei três vezes se era verdade. E era mesmo... E aquilo que eu andava a dizer há muitíssimos meses aconteceu: o Trumpo foi eleito! Agora acho que é hora de começarmos a rezar, independentemente da religião. Quem for ateu escolha uma e reze também, porque isto está negro e não é só para a América. Não me quero armar em Nostradamus, mas acho que coisas muito feias estão para chegar...
Vou tentar não perder a esperança toda e reger-me pelo que um amigo me disse há uns anos: hope for the best but expect the worst.