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Uma musiquinha aqui, umas decoraçõezinhas ali, pensar nos presentes, na ementa e em todas as coisas boas que a época traz. Pois é, como quem não quer a coisa, o espírito natalício está a apoderar-se de mim de mansinho!
Durante os últimos dias tenho-me questionado uma coisa: o que se passa com as traduções? Adoro o facto de Portugal legendar os programas estrangeiros, em vez de os dobrar como acontece na maioria dos outros países. Mas durante esta semana, coincidência ou não, tenho apanhado imensas traduções mal feitas nas legendas. Expressões que podem ser traduzidas à letra e que são traduzidas por outra coisa qualquer, muitas vezes perdendo o sentido. Frases mal traduzidas. Programas de receitas onde os ingredientes são mal traduzidos. Enfim, é só escolher. Volto a dizer, adoro que legendemos as coisas, mas por favor, há que fazê-lo com qualidade!
É um facto que vivemos na era das redes sociais. Até aí nada de novo. No entanto, há coisas que continuam a surpreender-me diariamente. Associo a necessidade de partilhar tudo o que se faz nas redes sociais às gerações mais novas, que têm crescido com este espírito já incutido. Gerações essas da qual fazem parte muitas pessoas que (infelizmente) acreditam que a felicidade vem com os números. Número de publicações que fazem, número de likes, de amigos, de seguidores, de comentários... Quanto mais melhor. Agora aquilo que me deixa muito surpresa é essa necessidade de partilhar tudo surgir também em gerações mais velhas, que estão agora nos seus 50s e 60s. Não percebo o que faz uma pessoa a meio dos cinquenta sentir a necessidade de partilhar que um ente querido morreu, dedicando-lhe todo um texto. Não percebo o que leva outra pessoa, na mesma casa de idade, a ter necessidade de partilhar a sua aparente tristeza pelo facto de ter uma lesão ou de ter saudades do filho que foi para a universidade. O que é que se ganha com isto? A compaixão alheia? A palmadinha virtual nas costas, que na maioria das vezes é dada para se parecer mais cool? Sinceramente faz-me confusão, muita confusão. E ainda que as redes sociais venham com muitas coisas boas, assusta-me que as pessoas entrem, sem se aperceberem, em muitas das coisas más que com elas vêm.
Catch and Release (2006) || Still Alice (2014) || Out of Africa (1985)
O favorito do mês: Out of Africa