Call Me Irresponsible

... ainda que seja só a brincar, será que começamos a acreditar nele? 

    Parece uma pergunta um tanto ou quanto tola, mas a verdade é que a tenho feito a mim própria muitas vezes nos últimos tempos. Contextualizando: eu e uma colega de trabalho andamos sempre na brincadeira em relação a dois conhecidos nossos. Cada uma vai dizendo que um deles é o destino da outra, arranjando argumentos e justificações e todo um leque de coisas (eu sei, parece um pouco brincadeira de miúdos, mas acreditem que em momentos muito pesados às vezes é o suficiente para aligeirar a coisa). E no meio de tanto idiotice qual é o problema, perguntam vocês. O problema é que no caso dela é claramente brincadeira. Já no meu não tenho tanta certeza. Porque até nos damos bem, porque acho que ele tem um certo je ne sais quoi e porque já tivémos dois ou três momentos que me fizeram pensar duas vezes no que está a acontecer. 

     Dilema: não sei bem se isto está mesmo a acontecer e aqui há alguma coisa que pode ser a sério ou se isto é tudo fruto de tanto falarmos e brincarmos com o assunto! 

     Ando a sentir-me desinspirada. Desinspirada para decorar a minha casa (e para organizá-la também). Desinspirada para me vestir como um ser humano decente. Desinspirada para cozinhar... O que faz com que ande a comer mal que só visto. Não sei o que se passa, nem de onde vem tamanha falta de motivação. Sei apenas que estou irritada comigo mesma por não conseguir acender aquela faísca que fazia com que fizesse todas estas coisas cheia de vontade. Boas dicas são bem-vindas! 

Os donos de alguns dos meus pacientes! 

     Atenção que, como em tudo na vida, há bons e há maus. Mas há alguns que são de uma pessoa perder a cabeça. Há aqueles que sofrem de excesso de zelo, os que chatos que perguntam 350 vezes a mesma coisa, os que não ligam patavina ao que estamos a dizer, os que foram primeiro ao Dr. Google e por isso sabem mais que nós... Enfim, a lista é infindável. Mas se há dias em que pomos a coisa para trás das costas e estamos nem aí, há outros em que a coisa nos toca lá no fundo e nos faz pensar por que raio escolhemos nós esta profissão!