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Apresentar a minha tese foi, sem dúvida, um dos momentos mais stressantes da minha vida. Não a apresentação em si, mas tudo o que a antecedeu. Elaborar a tese, por si só, já é um drama. Há sempre mais alguma coisa para fazer, uma coisita para acrescentar, uma gralha para corrigir. Esperar pela parte de outras pessoas, das quais estamos dependentes. E depois do moroso processo que é escrevê-la, chega a hora de a apresentar.
Nunca fui pessoa de ficar muito nervosa para apresentar trabalhos e sempre lidei bem com a coisa. Mas a verdade é que apresentar sozinha, um projecto meu, que tem o peso que tem e que é o culminar no meu percurso académico é uma história completamente diferente. Uma semana antes já eu sentia o bichinho aqui às voltas. Sim, aquele bichinho chamado nervosismo que nos faz questionar tudo: "E se me esquecer do que tenho para dizer?", "E se não conseguir cumprir o tempo?", "E se tiver um bloqueio e não conseguir responder ao que me perguntam?". Mas o pior estava para vir: a noite anterior! Levei o dia nervosa, a praticar vezes sem conta e a tentar melhorar. Cheguei à noite e toda eu descompensei. Não conseguia apresentar em condições, esquecia-me do que tinha para dizer, tive uma crise de choro e fiquei tão mal disposta que achei que ia vomitar. Na manhã da apresentação acordei nervosa mas um pouco melhor. Quando cheguei à universidade segui o conselho da minha orientadora e comi um chocolate. Revi meia dúzia de coisas e passado um bocadinho abriram-me a sala para que preparasse tudo. E foi aí que se deu o click. De repente fiquei zen. Estava tudo bem, ia tudo correr bem. E correu. Correu tudo muito bem! Quem viu diz que foi a melhor apresentação que fiz e, no fim, a nota compensou. De repente estava acabado. A tese estava apresentada e demorou algum tempo até a ficha cair. Agora já está, mas há que reconhecer que apresentar a tese foi dos momentos mais stressantes da minha vida!